Cuidar da saúde é essencial para todo mundo — mas, quando o assunto é a saúde do homem, ainda existe um certo silêncio. Muitos ainda resistem em procurar médicos, adiar exames e até ignorar sinais claros de que algo não vai bem. A pergunta que fica é: por quê?
Hoje vamos conversar sobre os principais desafios enfrentados pelos homens, quando o assunto é saúde, os exames mais importantes e por que mudar esse cenário é urgente.
A saúde do homem é um tabu que custa caro
Desde pequenos, muitos homens aprendem que “ser forte” é sinônimo de suportar dor, esconder sentimentos e evitar mostrar qualquer sinal de fragilidade. Isso acaba se refletindo, mais tarde, no comportamento diante da própria saúde. Ir ao médico? Só em último caso. Fazer check-up? Só se estiver “muito mal”.
Esse padrão cultural contribui para um dado preocupante: os homens vivem, em média, 7 anos a menos que as mulheres no Brasil, segundo o IBGE. E não é por acaso. Muitos quadros que poderiam ser evitados ou tratados no início acabam se agravando por falta de diagnóstico precoce.
Doenças mais comuns entre os homens
Algumas condições de saúde afetam os homens com mais frequência — e muitas delas estão ligadas ao estilo de vida e à falta de prevenção. Entre as mais comuns, estão:
- Hipertensão arterial
- Diabetes tipo 2
- Colesterol alto
- Infarto e AVC
- Câncer de próstata
- Doenças do fígado, como a esteatose hepática
- Depressão e ansiedade (muitas vezes ignoradas ou confundidas com “estresse”)
Além disso, acidentes de trânsito, violência urbana e abuso de álcool também entram na lista de fatores que colocam em risco a vida de muitos homens.
A importância dos exames preventivos
Esperar o corpo dar sinais graves para procurar ajuda é arriscado. Por isso, alguns exames devem fazer parte da rotina de quem quer envelhecer com mais saúde. Veja os principais:
- Aferição de pressão arterial: para monitorar riscos de hipertensão
- Exames de sangue: como hemograma, glicemia, colesterol e função hepática
- Avaliação da próstata: a partir dos 45 anos, principalmente para quem tem histórico familiar
- Eletrocardiograma: para acompanhar a saúde do coração
- IMC e circunferência abdominal: para avaliar sobrepeso e risco metabólico
O ideal é que esses exames sejam feitos anualmente, com acompanhamento médico.
Saúde mental também importa
Outro ponto que merece atenção é o emocional. Muitos homens enfrentam transtornos mentais em silêncio, como depressão, ansiedade, esgotamento e vícios. A ideia de que “homem aguenta tudo” impede que muitos busquem ajuda, o que agrava ainda mais o problema.
É fundamental normalizar o cuidado com a saúde mental, procurar um psicólogo ou psiquiatra quando necessário e cultivar hábitos que promovam o bem-estar: boas noites de sono, atividade física regular, alimentação equilibrada e tempo de qualidade com pessoas queridas.
Pequenas atitudes, grandes resultados
Cuidar da saúde do homem não precisa ser algo difícil ou caro. Pequenas atitudes no dia a dia já fazem diferença:
- Praticar atividade física pelo menos 30 minutos por dia
- Reduzir o consumo de álcool e evitar o tabaco
- Ter uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras e grãos
- Beber água com frequência
- Dormir bem
- Procurar um médico com regularidade
Saúde do homem não é fraqueza!
A saúde do homem precisa ser levada a sério — e isso começa com informação, conscientização e mudança de postura. É hora de quebrar os tabus e entender que se cuidar não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade consigo mesmo e com quem se ama.
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